sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Coisa número 04: Veneno

Eu ia escrever ontem, e lembro de ter pensado em dizer que meu castelo tinha desmoronado, mas resolvi olhar melhor e não era bem assim. O castelo sofreu abalos em sua estrutura sim, talvez abalos que fossem sentidos no momento, mas que só viessem realmente causar estrago um pouco depois.
Veneno! Um veneno lento, mas não mortal, não depois de ser identificado como foi. Pensando que até açúcar pode ser um veneno, imagine que alguém com toda a doçura do mundo, não possa ser venenoso.
Parece que adivinha o momento de mandar aquela mensagenzinha. Tudo bem, mas o pior é querer. O pior é querer provar do veneno. Esse sentimento me consome. Mas eu vou me curar.
Ainda numa confusão de idéias, porém em dias mais tranqüilos, em relacionamentos mais saudáveis e em amores mais sinceros, mas cuidadosos.
Mas ainda assim, dói ver pessoas ruins disfarçadas de boas. E enxergar diferente do que outras pessoas. Talvez fosse melhor não enxergar essas coisas. Mas o que é que estou falando??? Não, na verdade é muito bom poder enxergar mais a fundo as pessoas. Todos têm em si o bem e o mal, sim isso é fato. Mas quem não consegue me olhar nos olhos com verdade, quem evita estar perto, afasta pessoas que sempre foram queridas de mim, com um sorriso no rosto, merecem no mínimo, que eu tenha um olhar mais atento. Não tenho medo algum. Mas essas pessoas tem. Essa fraqueza disfarçada de bondade me enoja.
Bom, melhor falar de outra coisa. Tudo bem, não tenho regras. Aqui posso falar do que preciso falar e não simplesmente do que quero. O que eu preciso é mais forte do que eu quero, no momento presente. Mas o que eu quero deve ser o que eu preciso. Isso é mais coeso.
Daquilo que eu sei? Sei de nada....Sei que ainda por cima, com tudo isso, eu recebo uma mensagem de parabéns pelo meu sucesso. Veneno duplo. Que sucesso? Olha aqui dentro, no fundo dos meus olhos!!! Não, lá dentro mesmo!! Bom, deixa pra lá, obrigada. O que eu queria era dizer obrigada. rs... Não posso evitar.
Amanhã vou no parque, ainda tenho obrigações de trabalho nesse fim de semana, mas tudo bem. Isso é tranqüilo, é normal sempre ter responsabilidades, melhor dizendo, é maravilhoooooso ter sempre o que fazer. Era isso que eu precisava e com certeza não, ficar achando todo dia que eu podia estar fazendo outra coisa. Não é conformismo, é paciência! Mas então, alem das responsabilidadezinhas....rs, eu vou no parque. Vou assistir um som doido e andar de bicicleta. Relaxar um pouquinho...o, beleza.
E por hoje é só. Um papo sem começo, meio e fim, como deve ser uma conversa informal. Nem sempre é preciso chegar em algum ponto. Só damos algumas voltinhas, pra não ficar estagnada. E...tchau. Boa noite, ou bom dia!!!!
25/10/08 1:10:48 AM

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Coisa número 03 : Castelo de coisas – Beleléu

Retomando minhas investidas na literatura comum bloguiana noturna de hoje em dia, mas que não teria fundamento (não pra mim) se não fossem simples (ou confusos) pensamentos, volto a escrever. Para quem? Primeiro pra mim mesma. Sim, depois pra quem no mundo tiver interesse em ler.

Caroço na nuca? Que história! Procurei ler sobre isso na net e só tinha desgraça. Aí resolvi relaxar, dormir e ir no medico. Hoje fui. Após duas horas esperando e aproveitando pra pensar na vida, observar as pessoas que também esperavam pra ser atendidas ou pra saber sobre alguém, ler sobre a vida simples (isso foi bom), enfim, fui atendida. Não era nada de mais. A medica disse que era um linfonodo, uma pequena inflamaçãozinha, que poderia estar associada a uma gripe, por exemplo. Sim, eu tive uma gripe há quanto tempo? Deixe-me lembrar.... há duas semanas, que começou antes do meu namorado ir embora e terminou depois que ele viajou e, que o sol voltou a brilhar um pouquinho nessa cidade. Nessa semana ele se escondeu bastante novamente, o sol, não meu namorado. Quem se escondeu de nós, pode ter sido eu somente. Mas então, ela me receitou um anti-inflamatório, pra caso eu sentisse muita dor e necessidade. Aí, incrivelmente fiquei mais tranqüila, não comprei o anti-inflamatório, que eu tinha certeza que teria que tomar e, o carocinho diminuiu quase que 90%, em algumas horas, apesar de ela ter dito que ele ficaria ali, no meu corpo, pro resto da vida, as vezes aumentando, as vezes diminuindo. Ooow, inferno, é cada coisinha que aparece.

Pois é, amanhã é um novo dia e eu quero acordar durante o dia, não durante a tarde. Meus dias têm sido mais curtos de um tempo pra cá e isso não é bom. Não, não. Eu posso até dizer que tenho liberdade pra não ser igual ao aos outros, que posso acordar e dormir na hora que quero, contanto que minhas responsabilidades estejam sendo feitas, que chego e saio onde quero, que dirijo na hora que quero, que como na hora que quero, mas infelizmente (ó, iluminada conclusão!) quem sofre sou só eu, meu corpo. Minhas necessidades individuais vão pro beleléu. Alguém sabe onde fica o beleléu??? Eu não.
Whatever.....pra que dizer whatever quando podemos dizer: enfim ou então. Ninguém mais usa então nos textos considerados bem escritos, não?
Então, lá vou eu....sem clichês ou sem medo de usar clichês, gírias, sem regras, sem nada a perder, ou a ganhar, sem medo de nada, porque aqui existe justamente o contrário, um conforto, uma fortaleza, um castelo de coisas minhas. Enfim, coisas. Nada mais desrotulante que coisa. Posso inventar palavras, inventar idéias, inventar um mundo, que nada mais é que o meu mundo interno. Não é nenhum castelo encantado, nenhum castelo de príncipes e princesas, nenhum castelo mágico de um reino muito, muito, muito distante. É o castelo mais próximo que existe no mundo, pra mim. É o meu castelo de coisas!
No meu castelo de coisas existe amor também. O sentimentozinho confuso e desgraçado esse! Porque amar sem avisar, amar sem expor, amar platônicamente era tão sofrido antes, mas hoje era o que eu queria. Mas isso é meio adolescente, né? E nós somos obrigados pela natureza a crescer. Tudo bem que eu já parei de crescer há um tempão. Não, besteira, piada sem graça, mas enfim, pensamentos. E aqui o meu único compromisso é escrever tuuuudo que penso. Enquanto penso. Falei em natureza e foi inevitável lembrar que minha natureza não é ter uma estatura tão alta assim....rs. Cresci e ponto. Agora crescer emocionalmente, e todos os outros entes que a vida adulta engloba, financeiramente, profissionalmente, etc, é outro tipo de crescimento. Estou crescendo, ainda estou aprendendo a conhecer as pessoas, a me conhecer e a conhecer as coisas. Conhecer o meu castelo de coisas e os castelos de coisas de outras pessoas. Isso é difícil. Isso é impossível. Ter resposta para todos os problemas de todos os castelos? Mas é confortante saber que basta ter humildade para tentar e, realmente tentar, tentar com gosto, sem desistir, com raça, tentar caindo e despencando, ou as vezes voando, tentar aprender a conhecer. Aí a gente vai conhecendo mais do que imagina. Um pouquinho mais.
O meu castelo de coisas ainda está confuso....e, após três muito longos dias de um tempo pedido por mim para meu namorado, está novamente se organizando. O que me deixa com a pulga atrás do orelha. Será que a solidão sentida no âmago não mandou ordens para o meu coração para que ele sinta mais saudade e, me faça, ainda sem ter nada definido na mente, mandar nove mensagens a uma e meia da manhã, explicando sem explicar o que eu estou vivendo? Pode ser uma cilada, vai saber? Por isso, resolvi ainda não ligar e ir com calma. Amanhã ou daqui alguns dias vou ligar e conversar, mas antes preciso saber o que exatamente quero. O que exatamente posso e não só o que quero. Mas sei que essa calma pra pensar pode me fazer chegar depois. Pode me fazer perdê-lo. Se é que, assim mesmo como eu disse pra ele em uma das mensagens, alguém é dono de alguém. Não sei se ele leu. Se recebeu. Se está dormindo e lerá quando acordar. Se leu e dormiu. Enfim, mas não me torturo. Escrevi e volto ao meu castelo. Enquanto isso ele tb pensa no castelo dele e age, de acordo com as leis do castelo dele. Não há o que controlar. E isso é bom. Isso é muito bom. Pode ser doloroso no futuro, mas é tranqüilo, é pacífico, é natural. Ou é simplesmente muito louco mesmo e as leis do meu castelo são loucas e pronto e.... Deixa pra lá, quando eu fico confusa com as minhas idéias, prefiro achar que não sou normal. Até porque normal nunca foi uma coisa que eu sonhei ser. Sempre sonhei em ser eu mesma, em ser única, sim também em ter saúde mental e física, mas.... O mundo “normal” de hoje em dia, ou melhor, o mundo “normal” sempre foi muito louco!!!! O mundo normal nunca foi normal. E quando qualquer um questiona por que o mundo é assim, muitas vezes a resposta é: Não sei, é normal, ele sempre foi assim. E porque ele sempre foi assim ele é normal??? Pelo amor de Deus, as pessoas são muito loucas. Eu odeio os conformistas, os istas todos na verdade. Todos aqueles que têm certeza de uma coisa só. A gente só tem certeza é que todo mundo que está aqui nasceu e, que um dia vai morrer.....e claro, até que alguma coisa diferente disso aconteça.....rs.
Bom, agora eu....fui. Não vou dormir ainda, mas vou começar a deixar o sono bater. Quem sabe ainda escrever um pouco sobre a fuga das marionetes, mas também, sem compromisso. Eita, chegou uma mensagem no meu celular. Espero que seja uma resposta, e não uma mensagem da companhia telefônica...rs. Piada agora só porque me deu um frio na barriga. ; ) Boa noite!!!!
22/10/08 2:04:52 AM

Coisa número 02: Caroço na nuca

Bom, vamos lá continuando de onde eu parei. Agora faz 24 horas q eu estava terminando de voltar a escrever...após um bom Período sem conseguir me expressar com as palavras. São TRÊS e pouco da manhã e eu estou conectada na internet procurando sites de diagnósticos por sintomas, por causa de um caroço no alto da nuca, perto do cabelo, do lado esquerdo que dói, e apareceu ontem de manhã. Vai saber o que é? Bom, dois dias foram muito, amanhã eu passo no medico. Bom, mas que medico? Eu vou ter q passar num clinico geral. De repente,, no hospital São Luis, pertinho daqui. Assim q eu sair de casa. E, depois eu preciso pedir outra carteirinha do convênio, a minha quebrou e a maior parte ainda foi levada no assalto. Que viagem, levaram ¾ da minha carteirinha do convênio. O cara não pode nem ter ¾ de atendimento de saúde.
Pois é, contradições da vida moderna. Quem sou eu para falar do que é moderno. O moderno deve ser o oposto do antigo e não o original. Será?
Nem dez minutos se passaram e eu estou aqui, graças a Deus, dissertando sobre nada, ou sobre o nada, ou sobre tudo enfim. Pensando na vida, mais do que nunca. Acho que eu explodi numa necessidade de conversar incessantemente comigo mesma, apos uma escassez de tempo dedicado a mim mesma. Sou egoísta? E, sem querer me justificar, mas somente fazendo uma observação, é difícil encontrar por aí quem não seja egoísta hoje em dia. Infelizmente. Não é pessimismo, é constatação.
Aprendi a ser otimista com meu pai. Otimista sem ser bobo. Otimista por ter fé, por acreditar mesmo quando ninguém mais dá um voto de confiança na pessoa, quando todos derem por perdido, ou quando todos pensam não ter jeito.
Aprendi a ser forte para que os outros não caiam. Aprendi a olhar no fundo dos olhos. Aprendi a não desistir se cair e a rir no final. Aprendi a receber carinho. Aprendi a ser doce.
Aprendi que devo sempre paciência e perseverança. Aprendi que tenho muito a aprender, com qualquer coisa e com qualquer pessoa.
Estou aprendendo a conhecer as pessoas. Estou aprendendo a aprender a me conhecer.
Bom aprender. Como é bom poder aprender. Aprender significa eternamente se surpreender.
Bom, mais uma vez, muito bom, ter paz ao se escrever e, ter paz para escrever. Em qualquer sentido. As idéias começam a se organizar, em coreografias que ficam mais limpas, em harmonias mais redondas e em melodias mais inesperadas e simples. Os sonhos começam a brotar dos desejos. Desejos com bondade se transformam em sonhos, que podem ser bem ou mal conduzidos e, quando bem, transformam-nos em lutadores honestos e confiantes e, quando mal, podem tornar-nos frustrados e negativos.
Não devemos subestimar nossos sonhos e, muito menos os sonhos do outro. Sonhos devem ser respeitados, e apoiados. Pois, se os sonhos do mundo todo forem a julgamentos, acaba-se a liberdade do mundo. Nada mais se criará. E sem a criação, não há vida. Sem querer ser defensora de nenhuma crença.
Isso talvez seja somente uma bandeira levantada a liberdade de expressão na arte contemporânea, que parece viver uma fase com efeito retardado de uma herança social nacional, uma auto-censura inconsciente e sem sentido.
Permitam-se ser livres de verdade e não simplesmente falar que são livres.
Permitam que as pessoas sejam livres.
A sociedade fria, sem intimidade, inibe a espontaneidade do povo. Sim ou não?
Agora vão fazer quase 30 minutos e, porque eu estou cronometrando o tempo hoje, hein? Não sei. Estou contando os minutos para quê? Pelo menos durante umas seis horas, ninguém vai me ligar, ou bater na porta do meu quarto. Silêncio não somente por causa de um caminhão de lixo na frente do prédio. De lixo ou de obras. Não vou abrir a janela para checar, pois estou com preguiça. Estou com preguiça até para ir no banheiro. Quero escrever atéééé não poder mais. Podemos escrever ééé??? E, vários interrogações??? Hein, hein??? Sim, quem é que vai me dizer como escrever corretamente o meu pensamento? Eu, que só sei como penso.
Óbvio demais? Não mais que as atitudes repetitivas os grandes pensadores da sociedade. Ora, não existem grandes pensadores na nossa sociedade, existem? As pessoas não respeitam pensadores, não existe um ídolo pensador, a não ser o Gabriel, o Pensador...rs, só para descontrair. Mas, sério, os ídolos são dos programas de calouros e não filósofos. Que piada. Onde já se viu filósofos nadando em rios de dinheiro hoje em dia? Imagina a notícia: quadrilha de filósofos procurada pela Interpol enriquece com filme de comédia no Youtube. Longe, longe, mas por que não? Existe criatividade para tudo.
Ai, e esse calombo na nuca? Acho que vou ter que tentar dormir, somente para não sentir mais dor e ficar preocupada. Amanhã vou ao pronto-socorro investigá-lo.
Boa noite!
Até amanhã. Olha só, já estamos marcando a continuidade.
Fui.

Thais Sanches
21/10/08 3:46:50 AM

Coisa número 01 : Atitude...verdade...coragem!!!

O que eu estou vivendo?
Ilusão?
Desilusão?
Eu acho que ta tudo ao contrario.

Não tem travesseiro, nem cama nenhuma no mundo que me conforte.
Não quero dormir, mas depois que estou sonhando, não quero acordar.

Não me reconheço na minha casa, na minha família, nas minhas fotos, no espelho. Eu não me reconheço. Não sei quem eu sou de verdade. Nem o que eu quero.
Me apaixonei de novo, estava tudo certo na minha cabeça e agora ta tudo errado. Parece que andei vivendo a vida de alguém e a minha eu não acho. Parece que vivo do passado, como se o presente nunca fosse o bastante e o futuro sempre estivesse longe. Não existe ontem, hoje e amanhã. O hoje eu não entendo.
Será uma fase? Fase de quê? Fase entre o quê e o quê?
Cadê vc? Vc pode me explicar? Porque parte do que eu vivo eu acho que é o que vc viveu? Acho que a gente só não agiu igual, porque no fundo não somos iguais.
Hoje vc me parece tão feliz. Mas chora quando olha nos meus olhos. Sorri e me diz o que eu preciso fazer. Mas e o que eu quero fazer? Sua paz ainda não é completa porque vc conhece um pouco do que é verdade no fundo dos meus olhos. E poucas pessoas conhecem o fundo dos meus olhos. Talvez por isso meu sorriso e minhas brincadeiras não bastem. Vc sabe que eu não to feliz.
Mas a questão não é vc. A questão sou eu. Eu estava falando é comigo, somente comigo. Eu preciso saber quem eu sou e fazer o que eu quero. E o que eu quero está confuso. Tão confuso que eu não sei se pego a direita ou a esquerda e, quando vejo, já fui por qualquer lado, simplesmente para ir. Mas acabo voltando, frustrada por não ter encontrado no acaso, uma resposta para minhas dúvidas.
Não quero ir, nem quero voltar. Mas quero agir. Quero ser feliz? Só que hoje eu não sei como. As minhas atitudes têm sido obrigações. Quem disse que tem que ser assim.
Não quero desistir, mas quero mudar. Quero mudar a cor, o corte de cabelo, quero mudar de casa, organizar as coisas, quero ver outras pessoas, quero construir outros sonhos. Quero sonhar diferente.
Quero sair por aí. Com pouco dinheiro, poucas coisas e poucos amigos. Poucos sonhos, poucos objetivos, poucas preocupações. Quero me desligar. Não quero um tempo. Quero o tempo. Não quero férias, quero liberdade. Quero outra cidade. Um violão, ou uma gaita, ou só a minha voz mesmo. Uma mochila. Poucas roupas. Uma carteira? É necessário...assim como uma lanterna. Não quero me perder, quero me achar. Mas talvez tenha que me perder pra me encontrar. Talvez tenha que não decidir para decidir. Talvez tenha que não amar, para amar. Talvez.
Não quero concluir, quero paz. Todo dia quero paz. Quero uma razão maior, que não seja Deus, que não seja a família, que não seja alguém, que não seja um trabalho. Quero ir atrás do meu sonho. Quero começar do zero. Se aqui não dá, tenho que sair. Quero responsabilidade comigo, quero respeito comigo, quero amor comigo, quero sonhos comigo, depois quero dar. Agora só dou pra mim mesma.
Quero sumir. Não quero dizer nem pra mim pra onde vou. Tenho uma idéia e, pra mim basta essa idéia.
Cantar? Quero cantar, mas quero ser livre pra cantar. Quero só cantar. Cantar a dor, cantar o prazer, cantar o amor, cantar a saudade, cantar a raiva, cantar a vida, cantar a morte, cantar o claro e o escuro, cantar o nascimento e o renascimento, cantar tudo que eu ver. Cantar.
Não quero ouro, quero água. Não quero risos, quero o ar. Quero fotografar o mundo. Registrar um olhar sobre algo, ou melhor, registrar tudo sob um olhar. Ou vários olhares dos mesmos olhos. Várias visões em um só ser.
Não quero magoar, não quero. Não quero me entregar. Não quero cuidar, nem cuidado. Não quero me comprometer. Não quero planos longos mais. Não posso. Quero me comprometer comigo agora. Tenho um compromisso de correr atrás do que eu quero. Vou correr atrás dos meus sonhos. Vou ser feliz todos os dias, nem que seja um pouquinho, porque isso está em mim. Não posso ter responsabilidade de fazer alguém ser feliz pra sempre. Não sou capaz. Posso oferecer mil coisas, mas a felicidade eu não posso. A mim mesma, já é difícil. Ninguém pode.
O que é que eu quero tanto então? Saber dizer a verdade sem medo. Perder o medo de dizer a verdade. Essa é a maior liberdade do ser humano. Medo, só do que a gente encontrar que possa nos fazer mal. Medo, só pra se defender. Mas coragem é melhor. A coragem vence o medo. Vence o nosso próprio medo e nos dá alivio. Coragem. De onde vem a força? Deve ser do pensamento. A força vem de dentro de nós mesmos. A força que nós precisamos, só nós mesmos podemos encontrar e, mais ninguém pode encontrar. Coragem de dizer a verdade. Coragem de falar o que pensa, sem medo de nada, nem de ninguém.
Ando escondendo sentimentos e, tentando sentir outros que não estão mais presentes. Sei que posso mudá-los, mas antes tenho que admiti-los. Antes tenho que saber quais são eles.
Vou dizer uma verdade pra mim. Vou dizer várias. Eu estou precisando dizer várias verdades sobre mim mesma. Porque eu estou mentindo pra mim. Eu não estou sendo fiel a mim. Não estou sendo, estou me enganando, me magoando, me ferindo, me escondendo, me transfigurando.
Ninguém precisa ter certeza de tudo que gosta, porque nunca vai conhecer tudo. Pode saber do que não gosta, mas isso também pode mudar. Deve permitir-se conhecer a si, as coisas e as pessoas. Deve permitir-se viver e não prejulgar o que pensa que sabe, o que acha que precisa, o que deve sentir neste ou em outro momento. Tenho tentado fazer isso, e por isso já não estou com a pessoa que neste momento mais quer me fazer feliz, mais quer estar comigo. Ela chorou como uma criança e eu não fui capaz de chorar também. Chorei escondido dela pensando em outra pessoa. Várias vezes. E isso foi o que bastou para eu não estar nesse momento com ela. Faz não tive coragem suficiente de dizer que esse é o maior motivo. Minha fraqueza é prejulgá-la e achar que ela não vai entender. Mas mais do que isso. Na verdade eu não acho que ela não vai entender, mas ela vai tentar não pensar mais em mim, não querer mais me amar, não querer mais cuidar de mim. E, se sou eu que não quero mais, porque eu tenho medo que ela não queira mais? Eu acho que vou magoá-la e, que depois vou me magoar.
Mas ainda sinto vergonha por não conseguir dizer a verdade a ela.
Sinto impotência. Sinto-me fraca, fraca na alma. Essa é a minha dor.
Tem que ser dramática para me satisfazer e, nesse momento eu, além de tentar me analisar, tento ser sincera comigo. Sei que tenho que dizer umas verdades para mim. Sei que tenho que parar de sofrer e agir. Pára de sofrer e faça alguma coisa! Pára de fazer o papel da coitada, da abandonada, da que deu a volta por cima, mas as vezes sofre uma recaída. Deu a volta por cima do quê? De si mesma? Que louco????rs Digo, incrível!!!! Incrível capacidade de dar a volta por cima de si mesma!!! Só pode ser isso. Um relacionamento é um só. O compromisso pode acabar, o amor pode acabar, a comunicação pode acabar, mas ele continua existindo. Mais intenso ou menos, mais feliz ou menos, mais presente ou menos, mais explícito ou menos, mas continua existindo o mesmo.
Novamente, mas bem lentamente, uma nova paz começa a chegar dentro de mim. Fazia tempo que não conversava comigo. Havia perdido o caminho? A comunicação estava truncada. Começa a melhorar.
Mas as incertezas ainda estão aqui. Mais do que isso, as dúvidas, a impotência, a dor na alma, o medo. Coragem, medo, coragem, medo, coragem vence!!!! Vai vencer!!!!! Vai vencer.....
Quero me ver diferente no “próximo capítulo”. Quero me ver agindo. Meus pensamentos estarem presentes nas minha atitudes, no meu corpo, nos meus olhos, no fundo dos meus olhos, no meu rosto, nas minhas roupas, no meu sorriso. Na minha sobrancelha, no meu andar, nas minhas palavras....nas minhas palavras!!!! Atitude.....verdade......coragem!!!!!
Thais Sanches
20/10/08 3:00:40 AM