terça-feira, 21 de outubro de 2008

Coisa número 01 : Atitude...verdade...coragem!!!

O que eu estou vivendo?
Ilusão?
Desilusão?
Eu acho que ta tudo ao contrario.

Não tem travesseiro, nem cama nenhuma no mundo que me conforte.
Não quero dormir, mas depois que estou sonhando, não quero acordar.

Não me reconheço na minha casa, na minha família, nas minhas fotos, no espelho. Eu não me reconheço. Não sei quem eu sou de verdade. Nem o que eu quero.
Me apaixonei de novo, estava tudo certo na minha cabeça e agora ta tudo errado. Parece que andei vivendo a vida de alguém e a minha eu não acho. Parece que vivo do passado, como se o presente nunca fosse o bastante e o futuro sempre estivesse longe. Não existe ontem, hoje e amanhã. O hoje eu não entendo.
Será uma fase? Fase de quê? Fase entre o quê e o quê?
Cadê vc? Vc pode me explicar? Porque parte do que eu vivo eu acho que é o que vc viveu? Acho que a gente só não agiu igual, porque no fundo não somos iguais.
Hoje vc me parece tão feliz. Mas chora quando olha nos meus olhos. Sorri e me diz o que eu preciso fazer. Mas e o que eu quero fazer? Sua paz ainda não é completa porque vc conhece um pouco do que é verdade no fundo dos meus olhos. E poucas pessoas conhecem o fundo dos meus olhos. Talvez por isso meu sorriso e minhas brincadeiras não bastem. Vc sabe que eu não to feliz.
Mas a questão não é vc. A questão sou eu. Eu estava falando é comigo, somente comigo. Eu preciso saber quem eu sou e fazer o que eu quero. E o que eu quero está confuso. Tão confuso que eu não sei se pego a direita ou a esquerda e, quando vejo, já fui por qualquer lado, simplesmente para ir. Mas acabo voltando, frustrada por não ter encontrado no acaso, uma resposta para minhas dúvidas.
Não quero ir, nem quero voltar. Mas quero agir. Quero ser feliz? Só que hoje eu não sei como. As minhas atitudes têm sido obrigações. Quem disse que tem que ser assim.
Não quero desistir, mas quero mudar. Quero mudar a cor, o corte de cabelo, quero mudar de casa, organizar as coisas, quero ver outras pessoas, quero construir outros sonhos. Quero sonhar diferente.
Quero sair por aí. Com pouco dinheiro, poucas coisas e poucos amigos. Poucos sonhos, poucos objetivos, poucas preocupações. Quero me desligar. Não quero um tempo. Quero o tempo. Não quero férias, quero liberdade. Quero outra cidade. Um violão, ou uma gaita, ou só a minha voz mesmo. Uma mochila. Poucas roupas. Uma carteira? É necessário...assim como uma lanterna. Não quero me perder, quero me achar. Mas talvez tenha que me perder pra me encontrar. Talvez tenha que não decidir para decidir. Talvez tenha que não amar, para amar. Talvez.
Não quero concluir, quero paz. Todo dia quero paz. Quero uma razão maior, que não seja Deus, que não seja a família, que não seja alguém, que não seja um trabalho. Quero ir atrás do meu sonho. Quero começar do zero. Se aqui não dá, tenho que sair. Quero responsabilidade comigo, quero respeito comigo, quero amor comigo, quero sonhos comigo, depois quero dar. Agora só dou pra mim mesma.
Quero sumir. Não quero dizer nem pra mim pra onde vou. Tenho uma idéia e, pra mim basta essa idéia.
Cantar? Quero cantar, mas quero ser livre pra cantar. Quero só cantar. Cantar a dor, cantar o prazer, cantar o amor, cantar a saudade, cantar a raiva, cantar a vida, cantar a morte, cantar o claro e o escuro, cantar o nascimento e o renascimento, cantar tudo que eu ver. Cantar.
Não quero ouro, quero água. Não quero risos, quero o ar. Quero fotografar o mundo. Registrar um olhar sobre algo, ou melhor, registrar tudo sob um olhar. Ou vários olhares dos mesmos olhos. Várias visões em um só ser.
Não quero magoar, não quero. Não quero me entregar. Não quero cuidar, nem cuidado. Não quero me comprometer. Não quero planos longos mais. Não posso. Quero me comprometer comigo agora. Tenho um compromisso de correr atrás do que eu quero. Vou correr atrás dos meus sonhos. Vou ser feliz todos os dias, nem que seja um pouquinho, porque isso está em mim. Não posso ter responsabilidade de fazer alguém ser feliz pra sempre. Não sou capaz. Posso oferecer mil coisas, mas a felicidade eu não posso. A mim mesma, já é difícil. Ninguém pode.
O que é que eu quero tanto então? Saber dizer a verdade sem medo. Perder o medo de dizer a verdade. Essa é a maior liberdade do ser humano. Medo, só do que a gente encontrar que possa nos fazer mal. Medo, só pra se defender. Mas coragem é melhor. A coragem vence o medo. Vence o nosso próprio medo e nos dá alivio. Coragem. De onde vem a força? Deve ser do pensamento. A força vem de dentro de nós mesmos. A força que nós precisamos, só nós mesmos podemos encontrar e, mais ninguém pode encontrar. Coragem de dizer a verdade. Coragem de falar o que pensa, sem medo de nada, nem de ninguém.
Ando escondendo sentimentos e, tentando sentir outros que não estão mais presentes. Sei que posso mudá-los, mas antes tenho que admiti-los. Antes tenho que saber quais são eles.
Vou dizer uma verdade pra mim. Vou dizer várias. Eu estou precisando dizer várias verdades sobre mim mesma. Porque eu estou mentindo pra mim. Eu não estou sendo fiel a mim. Não estou sendo, estou me enganando, me magoando, me ferindo, me escondendo, me transfigurando.
Ninguém precisa ter certeza de tudo que gosta, porque nunca vai conhecer tudo. Pode saber do que não gosta, mas isso também pode mudar. Deve permitir-se conhecer a si, as coisas e as pessoas. Deve permitir-se viver e não prejulgar o que pensa que sabe, o que acha que precisa, o que deve sentir neste ou em outro momento. Tenho tentado fazer isso, e por isso já não estou com a pessoa que neste momento mais quer me fazer feliz, mais quer estar comigo. Ela chorou como uma criança e eu não fui capaz de chorar também. Chorei escondido dela pensando em outra pessoa. Várias vezes. E isso foi o que bastou para eu não estar nesse momento com ela. Faz não tive coragem suficiente de dizer que esse é o maior motivo. Minha fraqueza é prejulgá-la e achar que ela não vai entender. Mas mais do que isso. Na verdade eu não acho que ela não vai entender, mas ela vai tentar não pensar mais em mim, não querer mais me amar, não querer mais cuidar de mim. E, se sou eu que não quero mais, porque eu tenho medo que ela não queira mais? Eu acho que vou magoá-la e, que depois vou me magoar.
Mas ainda sinto vergonha por não conseguir dizer a verdade a ela.
Sinto impotência. Sinto-me fraca, fraca na alma. Essa é a minha dor.
Tem que ser dramática para me satisfazer e, nesse momento eu, além de tentar me analisar, tento ser sincera comigo. Sei que tenho que dizer umas verdades para mim. Sei que tenho que parar de sofrer e agir. Pára de sofrer e faça alguma coisa! Pára de fazer o papel da coitada, da abandonada, da que deu a volta por cima, mas as vezes sofre uma recaída. Deu a volta por cima do quê? De si mesma? Que louco????rs Digo, incrível!!!! Incrível capacidade de dar a volta por cima de si mesma!!! Só pode ser isso. Um relacionamento é um só. O compromisso pode acabar, o amor pode acabar, a comunicação pode acabar, mas ele continua existindo. Mais intenso ou menos, mais feliz ou menos, mais presente ou menos, mais explícito ou menos, mas continua existindo o mesmo.
Novamente, mas bem lentamente, uma nova paz começa a chegar dentro de mim. Fazia tempo que não conversava comigo. Havia perdido o caminho? A comunicação estava truncada. Começa a melhorar.
Mas as incertezas ainda estão aqui. Mais do que isso, as dúvidas, a impotência, a dor na alma, o medo. Coragem, medo, coragem, medo, coragem vence!!!! Vai vencer!!!!! Vai vencer.....
Quero me ver diferente no “próximo capítulo”. Quero me ver agindo. Meus pensamentos estarem presentes nas minha atitudes, no meu corpo, nos meus olhos, no fundo dos meus olhos, no meu rosto, nas minhas roupas, no meu sorriso. Na minha sobrancelha, no meu andar, nas minhas palavras....nas minhas palavras!!!! Atitude.....verdade......coragem!!!!!
Thais Sanches
20/10/08 3:00:40 AM

Nenhum comentário: