terça-feira, 21 de outubro de 2008

Coisa número 03 : Castelo de coisas – Beleléu

Retomando minhas investidas na literatura comum bloguiana noturna de hoje em dia, mas que não teria fundamento (não pra mim) se não fossem simples (ou confusos) pensamentos, volto a escrever. Para quem? Primeiro pra mim mesma. Sim, depois pra quem no mundo tiver interesse em ler.

Caroço na nuca? Que história! Procurei ler sobre isso na net e só tinha desgraça. Aí resolvi relaxar, dormir e ir no medico. Hoje fui. Após duas horas esperando e aproveitando pra pensar na vida, observar as pessoas que também esperavam pra ser atendidas ou pra saber sobre alguém, ler sobre a vida simples (isso foi bom), enfim, fui atendida. Não era nada de mais. A medica disse que era um linfonodo, uma pequena inflamaçãozinha, que poderia estar associada a uma gripe, por exemplo. Sim, eu tive uma gripe há quanto tempo? Deixe-me lembrar.... há duas semanas, que começou antes do meu namorado ir embora e terminou depois que ele viajou e, que o sol voltou a brilhar um pouquinho nessa cidade. Nessa semana ele se escondeu bastante novamente, o sol, não meu namorado. Quem se escondeu de nós, pode ter sido eu somente. Mas então, ela me receitou um anti-inflamatório, pra caso eu sentisse muita dor e necessidade. Aí, incrivelmente fiquei mais tranqüila, não comprei o anti-inflamatório, que eu tinha certeza que teria que tomar e, o carocinho diminuiu quase que 90%, em algumas horas, apesar de ela ter dito que ele ficaria ali, no meu corpo, pro resto da vida, as vezes aumentando, as vezes diminuindo. Ooow, inferno, é cada coisinha que aparece.

Pois é, amanhã é um novo dia e eu quero acordar durante o dia, não durante a tarde. Meus dias têm sido mais curtos de um tempo pra cá e isso não é bom. Não, não. Eu posso até dizer que tenho liberdade pra não ser igual ao aos outros, que posso acordar e dormir na hora que quero, contanto que minhas responsabilidades estejam sendo feitas, que chego e saio onde quero, que dirijo na hora que quero, que como na hora que quero, mas infelizmente (ó, iluminada conclusão!) quem sofre sou só eu, meu corpo. Minhas necessidades individuais vão pro beleléu. Alguém sabe onde fica o beleléu??? Eu não.
Whatever.....pra que dizer whatever quando podemos dizer: enfim ou então. Ninguém mais usa então nos textos considerados bem escritos, não?
Então, lá vou eu....sem clichês ou sem medo de usar clichês, gírias, sem regras, sem nada a perder, ou a ganhar, sem medo de nada, porque aqui existe justamente o contrário, um conforto, uma fortaleza, um castelo de coisas minhas. Enfim, coisas. Nada mais desrotulante que coisa. Posso inventar palavras, inventar idéias, inventar um mundo, que nada mais é que o meu mundo interno. Não é nenhum castelo encantado, nenhum castelo de príncipes e princesas, nenhum castelo mágico de um reino muito, muito, muito distante. É o castelo mais próximo que existe no mundo, pra mim. É o meu castelo de coisas!
No meu castelo de coisas existe amor também. O sentimentozinho confuso e desgraçado esse! Porque amar sem avisar, amar sem expor, amar platônicamente era tão sofrido antes, mas hoje era o que eu queria. Mas isso é meio adolescente, né? E nós somos obrigados pela natureza a crescer. Tudo bem que eu já parei de crescer há um tempão. Não, besteira, piada sem graça, mas enfim, pensamentos. E aqui o meu único compromisso é escrever tuuuudo que penso. Enquanto penso. Falei em natureza e foi inevitável lembrar que minha natureza não é ter uma estatura tão alta assim....rs. Cresci e ponto. Agora crescer emocionalmente, e todos os outros entes que a vida adulta engloba, financeiramente, profissionalmente, etc, é outro tipo de crescimento. Estou crescendo, ainda estou aprendendo a conhecer as pessoas, a me conhecer e a conhecer as coisas. Conhecer o meu castelo de coisas e os castelos de coisas de outras pessoas. Isso é difícil. Isso é impossível. Ter resposta para todos os problemas de todos os castelos? Mas é confortante saber que basta ter humildade para tentar e, realmente tentar, tentar com gosto, sem desistir, com raça, tentar caindo e despencando, ou as vezes voando, tentar aprender a conhecer. Aí a gente vai conhecendo mais do que imagina. Um pouquinho mais.
O meu castelo de coisas ainda está confuso....e, após três muito longos dias de um tempo pedido por mim para meu namorado, está novamente se organizando. O que me deixa com a pulga atrás do orelha. Será que a solidão sentida no âmago não mandou ordens para o meu coração para que ele sinta mais saudade e, me faça, ainda sem ter nada definido na mente, mandar nove mensagens a uma e meia da manhã, explicando sem explicar o que eu estou vivendo? Pode ser uma cilada, vai saber? Por isso, resolvi ainda não ligar e ir com calma. Amanhã ou daqui alguns dias vou ligar e conversar, mas antes preciso saber o que exatamente quero. O que exatamente posso e não só o que quero. Mas sei que essa calma pra pensar pode me fazer chegar depois. Pode me fazer perdê-lo. Se é que, assim mesmo como eu disse pra ele em uma das mensagens, alguém é dono de alguém. Não sei se ele leu. Se recebeu. Se está dormindo e lerá quando acordar. Se leu e dormiu. Enfim, mas não me torturo. Escrevi e volto ao meu castelo. Enquanto isso ele tb pensa no castelo dele e age, de acordo com as leis do castelo dele. Não há o que controlar. E isso é bom. Isso é muito bom. Pode ser doloroso no futuro, mas é tranqüilo, é pacífico, é natural. Ou é simplesmente muito louco mesmo e as leis do meu castelo são loucas e pronto e.... Deixa pra lá, quando eu fico confusa com as minhas idéias, prefiro achar que não sou normal. Até porque normal nunca foi uma coisa que eu sonhei ser. Sempre sonhei em ser eu mesma, em ser única, sim também em ter saúde mental e física, mas.... O mundo “normal” de hoje em dia, ou melhor, o mundo “normal” sempre foi muito louco!!!! O mundo normal nunca foi normal. E quando qualquer um questiona por que o mundo é assim, muitas vezes a resposta é: Não sei, é normal, ele sempre foi assim. E porque ele sempre foi assim ele é normal??? Pelo amor de Deus, as pessoas são muito loucas. Eu odeio os conformistas, os istas todos na verdade. Todos aqueles que têm certeza de uma coisa só. A gente só tem certeza é que todo mundo que está aqui nasceu e, que um dia vai morrer.....e claro, até que alguma coisa diferente disso aconteça.....rs.
Bom, agora eu....fui. Não vou dormir ainda, mas vou começar a deixar o sono bater. Quem sabe ainda escrever um pouco sobre a fuga das marionetes, mas também, sem compromisso. Eita, chegou uma mensagem no meu celular. Espero que seja uma resposta, e não uma mensagem da companhia telefônica...rs. Piada agora só porque me deu um frio na barriga. ; ) Boa noite!!!!
22/10/08 2:04:52 AM

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